124/124 UMA PALAVRA AOS SOFREDORES

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Páginas recebidas em 30.10.1936

Concluindo a segunda edição do nosso volume, dedicadas às orfãzinhas, meu filho desejaria que eu dirigisse uma palavra aos sofredores.

Mas não posso dizer-lhes mais do que já lhes disse no conjunto de minhas páginas despretensiosas e humildes. Contei a todos os que sofrem, com palavras simples, as minhas impressões de Além-Túmulo, tentando dirigir-me, em particular, a todos os sofredores, para os quais o vento do infortúnio é mais frio.

Muitos espíritos passaram, despreocupadamente, os olhos pelas páginas em que procurei gravar as emoções de minh’alma, não obstante as dificuldades insuperáveis para me fazer compreendida. Outros lamentaram a ausência de característicos científicos em meus comunicados, ansiosos do rigorismo das críticas minuciosas.

Estas cartas, todavia, não foram grafadas para as teorias científicas que florescem no século, à beira da estrada do Espiritismo evangélico. Consagrando o meu respeito e a minha veneração aos estudos dos sábios terrenos, eu não saberia corresponder aos seus desejos de conhecimento superior, dentro da minha insipiência individual.

Escrevi-a pensando nas mães sofredoras, cujo coração dilacerado não tem outra luz, no caminho escuro da Terra, que as esperanças e súplicas postas no Céu; vejo-lhes, daqui, as amargas dificuldades e os acerbos desgostos e sinto-lhes, comovida, a tortura dos aflitos, clamando pela misericórdia infinita de Jesus. Grafei-as ponderando as expectativas ansiosas dos homens desolados que as dores cercam e humilham, nos carreiros aspérrimos do dever e das obrigações mais penosas.

Sim!… A falange onde me encontro para executar as mais santas determinações espirituais, sabe de muitas misérias ocultas e de muitas lágrimas desconhecidas… Nem sempre os grandes infortúnios se circunscrevem às casas públicas do sofrimento. Sob as sedas faustosas e sob o som de músicas festivas, buscamos cicatrizar as úlceras cancerosas e paralisar os soluços em muitos corações que se purificam na Terra.

Não desdenhemos as atividades preciosas dos espíritos insatisfeitos que alargam atualmente os horizontes científicos do século, com o concurso do Além-Túmulo. Mas consideramos a expansão evangélica e moralizadora do Espiritismo como seu objetivo primordial.

A Europa, desde os fins do século passado, não se encontra repleta de fenômenos supranormais, servida pelas constituições medianímicas mais poderosas? Grandes mestres não têm oferecido ao continente inteiro o fruto de seus exames e de pesquisas, no caminho largo das ciências terrestres?

Entretanto, há muitos anos sucessivos, a confusão ali se estabeleceu nas almas, envenenando as fontes culturais do Velho Mundo.

Nos terríveis enganos políticos da Igreja católica romana, a Europa inteira se prepara, aguardando inquieta, a guerra cruel dos extremismos.

Entre a ciência humana e a sabedoria espiritual sempre existiu considerável distância. A primeira é filha do labor inquieto e transitório dos homens. A segunda é filha das grandes e abençoadas revelações das almas.

Na primeira sobram as dúvidas amargosas e as hipóteses falíveis. Na segunda vibram as grandes e eternas esperanças do coração do iluminado ideal da vida superior.

Dentro das ciências terrestres prevaleceram, em todos os tempos, as descrenças inquietantes e angustiosas; os trabalhos dissolventes de crítica dos campos adversos sempre objetivaram a destruição de patrimônios sagrados do ser.

Ainda agora, muitos jornalistas e estudiosos eminentes, às vezes falando de Crookes e de Lombroso procuram desmerecê-los, acusando-os como possuídos de declínio de compreensão, no trato com os fenômenos espíritas. E, nesse movimento de acusações, perde-se um tempo precioso, a par de muitas energias que poderiam se empregar na construção do edifício
da felicidade humana.

Fenômenos? O homem nunca encontrará outro maior que a vida de Jesus, localizada na História. Mensagens elucidativas? Poderia haver alguma maior que a da palavra permanente do seu Evangelho?

É para vós, os espíritos sofredores da Terra, que o Espiritismo trouxe uma aleluia de esperanças e glorificações. Heróis obscuros e ignorados do mundo; alguém sabe dos vossos sacrifícios, de vossas renúncias e dedicações que o planeta terreno não pode conhecer!…

Chorai vossas lágrimas remissoras de olhos postos no Céu, onde se guardam todos os vossos prantos e onde são conhecidas todas as vossas preces e aspirações.

Aprendei nas experiências penosas da Terra a soletrar o abecedário do amor, da piedade e da resignação, porque se viveis a dolorosa angústia das almas infortunadas e incompreendidas no mundo, há no Céu quem vos estenda as suas mãos carinhosas e compassivas.

Trabalhai, sofrei e confiai na misericórdia divina, pois não foram pronunciadas para os espíritos satisfeitos e felizes aquelas divinas palavras:

“Bem aventurados os aflitos na Terra, pois que a eles pertencem as alegrias do Céu”.

Maria João de Deus

Livro Cartas de uma Morta ­ Psicografia Chico Xavier

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Agradecemos todos que nos acompanharam nessa leitura!

AMAI-VOS E INSTRUI-VOS

Humildade X Orgulho

O que é ser humilde? Saiba como a humildade vai te ajudar a ter uma vida melhor

 

OrgulhoHumildade

Regis Mesquita / Blog Caminho Nobre

A Bíblia traz alguns trechos muito interessantes para quem quer entender o que é ser humilde.  Cito dois:

“…a si mesmo se humilhou” (Fl 2.8).

“…agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei” (Sl 40.8).

Vamos entender estes trechos sob a ótica da espiritualidade e não da ideologia que transforma pessoas pobres em humildes.

Você nasceu para aprender e sabe que quando você aprende sua vida fica melhor. Todo aprendizado acontece mais facilmente quando a pessoa é humilde.

Para ser humilde ela tem que sair do orgulho. Sob o ponto de vista do orgulhoso, o humilde é aquele que se humilha. Sob o ponto de vista do humilde, o orgulhoso é aquele que não se humilha voluntariamente. Parece confuso? Vou explicar melhor.

Jesus lavou os pés dos apóstolos. Naquele tempo, isto era um ato de humilhação. Lavar os pés era um ato reservado para quem tinha as piores condições sociais.

 

“Jesus, quando lavou os pés dos apóstolos, mostrou que ele podia ser tudo. Podia ser quem ensinava, o que sabia, o que era servido e o que servia. Ele servia ao próximo em todas as posições sociais, até as mais discriminadas. Ele oscilava de papel e posição. Esta é a verdadeira humildade.” (trecho do ebook – “A espiritualidade no dia-a-dia)

 

Frente ao orgulho, Jesus se humilhou. Frente à sabedoria, Jesus mostrou que tinha poder de ser o que Ele queria e que não era prisioneiro de preconceitos e nem de discriminações.

 

A humildade é uma forma inteligente de retomar o poder da própria vida e usá-lo para produzir o que é nobre.

 

É como se Jesus dissesse: “se é importante para minha evolução espiritual lavar os pés de vocês e mostrar que devo servir sempre, é isso que faço. Sou livre. Eu não dependo de aprovação social para fazer o que é nobre”.

 

“Dizem que havia um rei que morreu de fome porque não preparou sua própria comida. E porque não preparou a comida que lhe salvaria? Porque na sua cultura era humilhante preparar comida. Quando o rei se perdeu na selva, ele morreu de fome. Não soube mudar de papel e nem assumir outras posições, de acordo com a nova realidade em que vivia.” (trecho do ebook – “A espiritualidade no dia-a-dia)

 

Característica da humildade: capacidade de ocupar diversas funções e papéis sempre que a realidade assim necessitar.

 

O rei não pode fazer comida, porque era prisioneiro de uma ideologia e, orgulhoso, não queria se humilhar – o erro fatal.

 

A humildade favorece o reconhecimento do erro. O importante é a realidade; ou seja, o importante é aprender com a realidade e assim desenvolver qualidade e habilidades.

O rei poderia ter aprendido que as crenças da sua cultura são limitadas e erradas. Poderia ter aprendido e sobrevivido. Não teve humildade e morreu.

 

Você já passou por inúmeros conflitos em que você ou outra pessoa estavam erradas e o orgulho impedia que reconhecesse o erro e solucionasse o conflito.

 

O orgulho perpetua muito sofrimento. A humildade ajuda a solucionar.

 

Humildade está diretamente relacionada com a capacidade de aprender, servir e avaliar corretamente a realidade.

 

Sem estas qualidades a vida fica mais difícil. Traduzindo: orgulho torna a vida mais difícil e complicada; a humildade simplifica.

 

Observe a reflexão abaixo:

“Ao invés de ter compulsão por estar certo tenha um imenso esforço para acertar.

Fazer bem feito, ampliar o conhecimento e a sabedoria, desenvolver a sensibilidade…

Tudo isto é atingido progressivamente.

Se você quer abrir uma “fábrica de acertos” é preciso ter humildade e olhar para suas próprias limitações.

Quem reconhece suas próprias limitações pode usar a disciplina para superá-las.

Portanto, muitos acertos dependem de se admitir um erro.”

(Reflexão originalmente postada em: https://www.facebook.com/nascervariasvezes/ )

 

A vida da pessoa humilde é melhor porque ela reconhece suas limitações. Assim, pode usar a disciplina para se melhorar.

 

Existem outros ganhos: menos stress e menos tensão. Quem aprende e passa a acertar aumenta a própria motivação e tem mais serenidade. Uma vida melhor, não é?

 

A humildade gera prontidão e vontade de aprender e evoluir. Em outras palavras, as pessoas humildes tornam-se preparadas para escutar e enxergar.

 

Repare na segunda frase da Bíblia: “…agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei” (Sl 40.8).

 

Dentro do meu coração – significa o conhecimento que emerge de dentro para fora. Uma sintonia, uma conexão.

 

Demonstra a valorização do escutar. O resultado é que a pessoa humilde estimula e valoriza suas intuições e sua sensibilidade.

 

Intuição e sensibilidade são ótimos recursos que todas as pessoas possuem para melhorarem a própria vida.

 

Todavia, deve-se estar pronto para escutar e valorizar o que vem do “fundo da alma”. E o que vem do fundo da alma muitas vezes é diferente do que o ego valoriza ou deseja.

 

Esta pessoa está preparada para escutar, valorizar e seguir junto com as informações que chegam “do coração”.

 

Esta é a razão pela qual a Bíblia diz que “agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu”. A pessoa humilde segue o que é bom, correto e nobre.

 

A pessoa humilde não fica presa nos limites do seu ego imaturo. Ela vai além, ela escuta, valoriza e vai junto com o que existe de mais nobre: o Caminho Nobre.

 

A pessoa orgulhosa busca uma valorização acentuada de si mesmo (alguns orgulhosos se depreciam). O humilde não prioriza a autovalorização; prioriza aprender e viver bem a realidade.

 

“É preciso muita humildade para aceitar o seu lugar no Universo. É necessário mais humildade ainda para se manter neste lugar durante todos os momentos de provações. Este lugar pode ser traduzido por manter-se (o corpo e a mente) vibrando o que existe de mais nobre e elevado na vida. Lembre que o ser humano é um processador e retransmissor de energias”. (trecho do ebook – “A espiritualidade no dia-a-dia)

 

 

“A palavra humilde tem uma raiz indo-europeia, que é “húmus”. Significa “o solo sob nós”, isto é, estamos todos no mesmo nível.” Mario Sergio Cortella

 

Estamos no mesmo nível. Eu posso aprender com você e você comigo. Eu posso te servir e você pode me servir. Eu posso te ajudar e posso ser ajudado por você.

 

O caminho natural da humildade é a TROCA de ajuda, conhecimento, serviço, etc.  Desta forma, todos ganham, todos colaboram e ninguém precisa se preocupar em ser mostrar melhor porque existe o compartilhar e a cooperação.

 

Quer criar à sua volta um ambiente de troca e cooperação? Comece por se mostrar interessado na troca, sendo humilde para receber o que vem do outro e compartilhar o que existe de melhor em você.

 

Humildade serve para criar este ambiente mais saudável para uma vida com menos julgamentos e mais aceitação e construção.

 

Autor: Regis Mesquita

No twitter: https://twitter.com/saberespirita

 

Fonte: http://caminhonobre.com.br/2016/02/18/humilde-humildade/

AS PESSOAS BOAS NOS DÃO FELICIDADE; AS PESSOAS MÁS NOS ENSINAM LIÇÕES!

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Começaremos ressaltando o fato de que ninguém é boa ou má pessoa. Não há um medidor que possa quantificar a bondade ou maldade das ações de cada um.

Entretanto, cada um de nós sabe quais foram os aspectos positivos e negativos que determinadas pessoas ou relações nos trouxeram.

As pessoas, em algumas ocasiões, atuam em prol de seus próprios interesses.No momento em que elas priorizam a si mesmas no lugar dos demais, recaindo em ofensas e decepções, já poderíamos considerá-las pessoas com uma influência negativa na vida daqueles que as rodeiam.

São eles que nos ensinam lições. Por outro lado, todos nós também temos relações positivas, de corações humildes e vozes sinceras, que nunca nos farão nenhum mal. São pessoas que sabem o valor da reciprocidade, do respeito… Aqueles que nos oferecem a felicidade.


As pessoas que ensinam lições e deixam cicatrizes

É possível que, ao ler este enunciado, você tenha se lembrado de determinadas pessoas que fizeram parte do seu passado. No entanto, nós também deveríamos fazer um pequeno ato de reflexão nos perguntando se causamos algum dano a alguém.

  • Temos que entender que não somos obrigados a nos darmos bem com todo mundo, e que, às vezes, também podemos acabar provocando a decepção nas pessoas que nos rodeiam.
  • Se, em alguma ocasião, teriamos que tomar uma decisão que sabemos que, de uma forma ou de outra, vai trazer consequências à outra pessoa, é necessário justificar por que o fazemos.

Um exemplo seria ter que terminar uma relação porque somos infelizes, porque deixamos de amar à outra pessoa.

  • Existem decisões que devem ser tomadas mesmo quando sabemos que vão causar algum dano. A razão disso é porque entendemos que manter uma determinada situação irá causar mais sofrimento do que felicidade.

Com isso, fica claro que, em um momento determinado, podemos atuar de uma forma que os outros classificarão como negativa.Entretanto, sempre há nuances, graus e situações diferentes.

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  • Há pessoas que não se limitam a atuar deste modo em um instante específico de suas vidas. Há quem seja sempre assim, buscando sempre satisfazer as suas próprias necessidades, mesmo sendo consciente de que está preudicando os outros.
  • Este tipo de personalidades com que nos encontramos ao longo de nossas vidas, em algumas ocasiões, nos deixam cicatrizes. Devemos entender que é necessário deixá-las ir, tirá-las do nosso dia a dia e, em especial, de nossa mente e de nossos pensamentos.

Do contrário, seremos eternos prisioneiros de suas ações.

Mais do que pessoas “ruins”, existem pessoas que não sabem estabelecer relações positivas,que precisam de uma maturidade pessoal e emocional adequada.Elas não respeitam, não têm empatia com os outros, e muitas vezes não são conscientes das consequências de suas palavras ou atos.

Entenda esta convivência não como dramas ou como fracassos que mudaram a sua vida. Assuma-a como uma lição que deve ajudá-lo a seguir caminhando com mais segurança e serenidade.


As pessoas simples que nos oferecem felicidade

Há pessoas que carregam a humildade, que parecem ter magia em seus bolsos e que não se envolvem em egoísmos ou duplos sentidos. Estamos certos de que você conta com uma ou duas pessoas que possuem estas características em sua vida.

São poucos mas, sem dúvida, você não precisa de mais, porque eles lhe dão tudo.


O valor da reciprocidade

Um aspecto que devemos levar em conta é que ninguém dá tudo em troca de nada.Se alguém for bom com você, responda sempre da mesma maneira. Trata-se de trabalhar em equipe, de equilibrar a balança para que todos ganhem e ninguém perca.

A reciprocidade é saber reconhecer à outra pessoa em sua totalidade, compreendendo que ela merece respeito, que a valorizamos como parte de nós e que valorizamos tudo o que ela faz por nós.

E isso nos leva a agir sempre da mesma maneira.


A confiança que não trai, que sabe unir vínculos

As pessoas boas, as pessoas que enriquecem nossa vida nos ajudando no dia a dia a sermos melhores, estabelecem conosco um vínculo muito íntimo e especial.

  • Percebemos que somos respeitados, compreendidos e fortes por contarmos com o apoio de pessoas que nos amam.
  • Quem o ama não julga, não censura e não trai. Quem o ama pensará em você como nele mesmo, são pessoas que entendem o valor da empatia e que possuem uma boa maturidade emocional.

Em conclusão, se houver algo que devemos ter claro em nossas mentes, é que ao longo de nossas vidas iremos conhecer pessoas boas e pessoas não tão boas. E mesmo assim devemos aprender.

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Evite se envolver com pessoas alheias que não servem para nada e limitam o seu crescimento pessoal. Deixe ir todo o mal que bateu a sua porta, assuma a lição e empreenda novos caminhos.

Porque o mundo está cheio de pessoas boas, e se por qualquer razão você ainda não encontrou nenhuma, nunca se esqueça de ser você mesmo uma delas. A melhor.

 

Fonte: http://thesecret.tv.br/2016/01/as-pessoas-boas-nos-dao-felicidade-as-pessoas-mas-nos-ensinam-licoes/