Jesus Agora

Jesus no Lar
Para a generalidade dos estudiosos, o Cristo permanece tão-somente situado na História modifi-cando o curso dos acontecimentos políticos do mundo;

para a maioria dos teólogos, é simples objeto de estudo, nas letras sagradas, imprimindo novo rumo às interpretações da fé;

para os filósofos, é o centro de polêmicas infindáveis, e, para a multidão dos crentes inertes, é o benfeitor providencial nas crises
inquietantes da vida comum.
Todavia, quando o homem percebe a grandeza da Boa Nova, compreende que o Mestre não é apenas o reformador da civilização, o legislador da crença, o condutor do raciocínio ou o doador de facilidades terrestres, mas também, acima de tudo, o renovador da vida de cada um.
Atingindo esse ápice do entendimento, a criatura ama o templo que lhe orienta o modo de ser;

contudo, não se restringe às reuniões convencionais para as manifestações adorativas e, sim, traz o Amigo Celeste ao santuário familiar, onde Jesus, então, passa a controlar as paixões, a corrigir as ma-neiras e a inspirar as palavras, habilitando o aprendiz a traduzir-lhe os ensinamentos eternos através de
ações vivas, com as quais espera o Senhor estender o divino reinado da paz e do amor sobre a Terra.
Quando o Evangelho penetra o Lar, o coração abre mais facilmente a porta ao Mestre Divino.
Neio Lúcio conhece esta verdade profunda e consagra aos discípulos novos algumas das lições do
Senhor no círculo mais íntimo dos apóstolos e seguidores da primeira hora.
Hoje, que quase vinte séculos são já decorridos sobre as primícias da Boa Nova, o dimicílio de
Simão se transformou no mundo inteiro…
Jesus continua falando aos companheiros de todas as latitudes.

Que a sua voz incisiva e doce
possa gravar no livro de nossa alma a lição renovadora de que carecemos à frente do porvir, convertendo-nos em semeadores ativos de seu infinito amor, é a felicidade maior a que poderemos aspirar.
Emmanuel
Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1949.

Livro JESUS no Lar, pelo espírito Neio Lucio, psicografia Francisco Cândido Xavier

72/124 UMA VISITA À TERRA

CapaLivroCartasDeUmaMorta-174-259

72/124

Eu quis, então, ver o orbe terráqueo, dos lugares onde o ar rarefeita se perde nas extensões infinita e viventes do éter. Desejava saber se eu poderia
ver o planeta em seus movimentos rotatórios, porém o que senti em tão grandes alturas foi um imenso torvelinho, como se as atmosferas fossem
agitadas por furações destruidoras.

Muito abaixo vi massas informes e indistintas… Aproximando-me gradativamente contemplei a Terra que se afigurou não um ponto móvel no espaço, porém fixo e obscuro.

Muito ao longe, ainda vi nessa mancha escurecida, que se ia avolumando, alguns detalhes como nesgas cinzentas e outras claras como espelhos gigantescos: eram as grandes cidades e os oceanos que eu tinha sob as vistas deslumbradas.

A ação do sol dava a tudo isto um tom maravilhoso; todavia, aproximando-me mais, experimentei indescritível medo.

Não vi o movimento de rotação do orbe; o que me amedrontava é que me parecia aportar em uma grande esfera líquida, cujas extremidades se perdiam numa substância leitosa, com relação à cor, porque eu não podia ponderar a sua estrutura íntima.

Maria João de Deus

Livro Cartas de uma Morta ­ Psicografia Chico Xavier

72/124 Livro Cartas De Uma Morta ­ Uma Pagina Por Dia
Projeto uma página por dia, entenda a proposta: [[VEJA AQUI!]]